Consumo de eletricidade no Brasil recua 0,8% em abril, segundo EPE

consumo de eletricidade no Brasil

Após 27 meses consecutivos de crescimento, o consumo de eletricidade no Brasil apresentou uma queda de 0,8% em abril de 2024, de acordo com dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A informação consta na edição mais recente da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, que aponta recuo na demanda em diversos setores.

Queda no consumo de eletricidade impulsionada por clima e efeitos de base

A principal razão para a retração do consumo de eletricidade no Brasil foi a temperatura mais amena registrada no período, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. Como resultado, houve redução significativa no uso de equipamentos de climatização. Além disso, o efeito de base influenciou negativamente os números, já que abril de 2023 havia registrado consumo atipicamente elevado.

Desempenho por classe de consumo de eletricidade no Brasil

  • Residencial: registrou queda de 1,4%, puxada pela menor necessidade de refrigeração.
  • Comercial: observou retração de 1,1%, resultado das temperaturas mais amenas e da atividade econômica moderada.
  • Industrial: apresentou leve crescimento de 0,3%, impulsionado por setores como papel e celulose, química e alimentício.

Perspectivas para o consumo de eletricidade nos próximos meses

Apesar da queda pontual no consumo de eletricidade no Brasil, a EPE destaca que o panorama para o restante do ano permanece positivo. Há expectativa de retomada gradual no crescimento do consumo elétrico. A tendência é que fatores sazonais e o desempenho do setor produtivo continuem a influenciar a demanda ao longo dos próximos meses.

Além disso, com o avanço da digitalização e da mobilidade elétrica, estima-se que o consumo de eletricidade no Brasil passe a ter novos vetores de crescimento. A ampliação da geração distribuída, especialmente por meio de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, também deve contribuir para uma reconfiguração do perfil de consumo.

No setor comercial e de serviços, que sofre impactos diretos de variações climáticas e de mudanças no comportamento do consumidor, a expectativa é de recuperação gradual. Como consequência, os meses do segundo semestre — que concentram eventos e sazonalidades de maior carga — devem trazer impactos positivos para a curva de demanda.do diretamente impactado por variações climáticas e pelo comportamento de consumo da população, a expectativa é de retomada gradual impulsionada pela sazonalidade do segundo semestre, que inclui eventos de maior demanda energética, como festas e datas promocionais.

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